quarta-feira, 25 de junho de 2014

O risco de ataque cardíaco. Será?

No meu último post falei sobre a influência do colesterol sobre o risco de ataque cardíaco baseado em estudos já realizados. Mas há que discorde dessa afirmação. Existem estudos realizados, com uma grandes durações temporal e significância, que tentam justamente se opor ao que vem sendo pregado por vários cientistas e médicos. Um deles realizado pelo  Framingham Heart Study e demonstra que a dieta com a ingestão de colesterol não tem nenhuma correlação com doenças cardíacas. Eles utilizam dados referentes a homens e mulheres que possuem uma ingestão de colesterol acima e abaixo da média.



Assim, eles refutam a "hipótese da dieta cardíaca", que é o nome científico para a ideia de que comer colesterol provoca doenças cardíacas e afirmam que não há nenhuma ligação entre colesterol nos alimentos e colesterol no sangue.
O segundo princípio da hipótese de doença colesterol coração, a noção de que níveis elevados de colesterol no sangue causa doença cardíaca, é referido como a "hipótese lipídica" na comunidade científica. Embora ainda aceita como verdade pelo público em geral e muitos profissionais médicos, a maioria dos pesquisadores agora acreditam que as principais causas de doenças cardíacas são a inflamação e estresse oxidativo.
Eles consideram o fato de que se o colesterol é um fator que pode gerar problemas cardíacos deve ser levado em consideração que é um fator de risco em todas as idades, ambos os sexos e todas as populações de todo o mundo (com exceções de fatores protetores). Na verdade, algumas das populações com os mais altos níveis de colesterol no sangue têm as taxas mais baixas de doenças cardíacas, e vice-versa. 

Eles ainda usam argumentos como:
"Colesterol sérico não é um forte fator de risco para doença arterial coronariana, no sentido de que a pressão arterial é um fator de risco forte para o acidente vascular cerebral ou tabagismo é um fator de risco para câncer de pulmão."
"O fator de colesterol é o de menor importância como fator de risco em doenças cardiovasculares. Muito mais importantes são o tabagismo, hipertensão, obesidade, diabetes, atividade física insuficiente e estresse."

Mas ficou fácil de saber que o colesterol não é um vilão, como foi por muito tempo representado, já que nós entendemos que ele é um nutriente essencial presente nas membranas celulares de todos os tecidos de todos os mamíferos e tem algumas funções importantes no corpo.
O estudo Framingham realizado com 15.000 pessoas por três décadas verificou que "há uma associação direta entre os níveis de colesterol em queda ao longo dos primeiros 14 anos e mortalidade ao longo dos próximos 18 anos", ou seja, como as taxas de colesterol caíram e a taxa de mortalidade subiu. E no estudo japonês realizado pela Intervention Trial Lipid  com mais de 47.000 participantes concluiu que a taxa de mortalidade mais alta observada foi entre aqueles com menor colesterol (abaixo de 160 mg/dl); menor taxa de mortalidade observada foi com aqueles cujo colesterol era entre 200-259 mg/dl.

Como conclusão dos estudos podemos afirmar que tanto a baixa taxa de colesterol, quanto a alta podem ser prejudiciais à saúde e principalmente ao coração.
Referência:

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